"SUPREMI APOSTOLATUS OFFICIO" DE SUA SANTIDADE PAPA LEÃO XIII
CARTA ENCÍCLICA (Dado em Roma, junto de S. Pedro, a 1 de Setembro de 1883) + LADAINHA DE NOSSA SENHORA
A TODOS OS NOSSOS VENERÁVEIS
IRMÃOS, OS PATRIARCAS,
PRIMAZES, ARCEBISPOS
E BISPOS DO ORBE CATÓLICO,
EM GRAÇA E COMUNHÃO
COM A SÉ APOSTÓLICA
SOBRE O ROSÁRIO DE NOSSA SENHORA
Veneráveis Irmãos,
Saúde e Bênção Apostólica.
O auxílio de Maria nos males presentes da Igreja
1. O ofício do Sumo Pontificado, que Nós exercemos, e a dificílima condição dos tempos presentes, cada dia mais nos induzem e como que nos impelem a prover com tanto maior solicitude à tutela e à incolumidade da Igreja, quanto mais graves são as suas provações. Por isto, enquanto, com todas as forças, nos aplicamos a salvaguardar por todos os modos os direitos da Igreja, e a prevenir e afastar os perigos que ou estão iminentes ou já a rondam, sem trégua nos aplicamos a invocar os celestes auxílios, persuadidos de que só com estes a Nossa obra è as Nossas solicitudes poderão conseguir o êxito desejado.
2. Para este fim, nada consideramos mais eficaz e mais poderoso do que tornar-nos propícia, pela devoção e pela piedade, a grande Mãe de Deus, a Virgem Maria. De fato, mediadora, junto a Deus, da nossa paz, e dispensadora das graças celestes, ela está sentada no Céu no mais alto trono de poder e de glória, para conceder o auxílio do seu patrocínio aos homens, que, entre tantas penas e tantas lutas, fadigosamente caminham para a eterna pátria.
Portanto, estando já agora próxima a anual solenidade destinada a receber os inúmeros e assinalados benefícios concedidos ao povo cristão por meio do santo Rosário de Maria, queremos que, este ano, todo o orbe católico com particular devoção dirija à Virgem Maria a mesma piedosa oração, a fim de que, pela sua intercessão, possamos ter a alegria de ver seu Filho aplacado e movido a compaixão das nossas misérias.
Por tal motivo, julgamos bem, ó Veneráveis Irmãos, dirigir-vos esta Carta, para que, conhecidas as Nossas intenções, possais, com a vossa autoridade e com o vosso zelo, estimular a piedade dos fiéis a corresponder-vos diligentemente.
Poder e bondade de Maria
3. Nos momentos de apreensão e de incerteza, foi sempre o primeiro e sagrado pensamento dos católicos o de recorrerem a Maria, e de se refugiarem na sua maternal bondade. E isto demonstra a firmíssima esperança, antes a plena confiança, que a Igreja Católica com toda razão sempre depositou na Mãe de Deus. De fato, a Virgem Imaculada, escolhida para ser Mãe de Deus, e por isto mesmo feita Co-Redentora do gênero humano, goza junto a seu Filho de um poder e de uma graça tão grande, que nenhuma criatura, nem humana nem angélica, jamais pôde nem jamais poderá atingir uma maior. E, visto como a alegria mais grata para ela é a de ajudar e consolar todo fiel em particular que invoque o seu socorro, não pode haver dúvida de que ela muito mais prazeirosamente deseje acolher, antes, que exulte em acolher, os votos da Igreja toda.
Intervenções de Maria na história de Igreja
4. Mas esta ardente e confiante piedade para com a augusta Rainha do Céu foi posta em mais clara luz quando a violência dos erros largamente difundidos, ou a transbordante corrupção dos costumes, ou o assalto de inimigos poderosos, pareceram pôr em perigo a Igreja militante de Deus.
5. As memórias antigas e modernas e os sagrados fastos da Igreja relembram, de uma parte, as súplicas públicas e particulares e os votos elevados à divina Mãe, e, de outra parte, os auxílios por meio dela obtidos, e a tranqüilidade e a paz pelo Céu concedidas. Daí tiveram origem esses títulos insignes com que os povos católicos a saudaram: Auxiliadora dos cristãos, Socorredora e Consoladora, Dominadora das guerras, Senhora das vitórias, Pacificadora. Entre os quais é principalmente digno de menção o titulo, tão solene, do Rosário, que consagra à imortalidade os seus assinalados benefícios em favor da inteira Família cristã.
6. Nenhum de vós, ó Veneráveis Irmãos, ignora quantas dores e quantas lágrimas, no fim do século XII, proporcionaram à santa Igreja de Deus os hereges Albigenses, que, nascidos da seita dos últimos Maniqueus, haviam infectado de perniciosos erros a França meridional e outras regiões do mundo latino. Espalhando em torno de si o terror das armas, eles tramavam estender o seu domínio pelos morticínios e pelas ruínas. Contra esses péssimos inimigos Deus misericordioso suscitou, como vos é bem conhecido, um homem virtuosíssimo: o ínclito padre fundador da Ordem dominicana. Insigne pela integridade da doutrina, por exemplos de virtude e pelos seus labores apostólicos, ele se preparou com intrépida coragem para travar as batalhas da Igreja Católica, confiando não na força das armas, mas sobretudo na daquela oração que ele, por primeiro, introduziu sob o nome do santo Rosário, e que, ou diretamente ou por meio dos seus discípulos, depois divulgou por toda parte.
Visto como, por inspiração ou por impulso divino, ele bem sabia que, com o auxílio desta oração, poderoso instrumento de guerra, os fiéis poderiam vencer e desbaratar os inimigos, e forçá-los a cessar a sua ímpia e estulta audácia. E é sabido que os acontecimentos deram razão à previsão. De feito, desde quando tal forma de oração ensinada por S. Domingos, foi abraçada e devidamente praticada pelo povo cristão, de um lado começaram a revigorar-se a piedade, a fé e a concórdia, e, de outro, foram por toda parte quebradas as manobras e as insídias dos hereges. Além disto, muitíssimos errantes foram reconduzidos à trilha da salvação, e a loucura dos ímpios foi esmagada por aquelas armas que os católicos haviam empunhado para reprimir a violência.
7. A eficácia e o poder da mesma oração foi, depois experimentada também no século XVI, quando as imponentes forças dos Turcos ameaçavam impor a quase toda a Europa o jugo da superstição da barbárie. Nessa circunstância, o Pontífice S. Pio V, depois de estimular os soberanos cristãos à defesa de uma causa que era a causa de todos, dirigiu todo o seu zelo a obter que a poderosíssima Mãe de Deus, invocada por meio do santo Rosário, viesse em auxílio do povo cristão. E a resposta foi o maravilhoso espetáculo então oferecido ao Céu e à terra; espetáculo que empolgou as mentes e os corações de todos!
Com efeito, de um lado os fiéis, prontos a dar a vida e a derramar o sangue pela incolumidade da religião e da pátria, junto ao golfo de Corinto esperavam impávidos o inimigo; de outro lado, homens inermes, com piedosa e suplicante falange, invocavam Maria, e com a fórmula do santo Rosário repetidamente a saudavam, a fim de que assistisse os combatentes até à vitória. E Nossa Senhora, movida por aquelas preces, os assistiu: porquanto, havendo a frota dos cristãos travado batalha perto de Lepanto, sem graves perdas dos seus desbaratou e matou os inimigos, e alcançou uma esplêndida vitória. Por este motivo o santo Pontífice, para perpetuar a lembrança da graça obtida, decretou que o dia aniversário daquela grande batalha fosse considerado festivo com honra da Virgem das Vitórias; festa que depois Gregório XIII consagrou sob o título do Rosário.
8. Igualmente são conhecidas as vitórias alcançadas sobre as forças dos Turcos, durante o século passado, primeiramente perto de Timisoara, na Rumania, depois perto da ilha de Corfu: com dois dias dedicados à grande Virgem, e após muitas preces a ela elevadas sob a forma do Rosário. Esta foi a razão que levou o Nosso Predecessor Clemente XI a estabelecer que, com prova de gratidão, a Igreja toda celebrasse cada ano a solenidade do santo Rosário.
Louvores do Rosário
9. Portanto, visto que os fatos demonstram o quanto esta oração é agradável à Virgem, e o quanto é eficaz na defesa da Igreja e do povo cristão, em alcançar os divinos favores para os simples indivíduos e para a sociedade inteira, não há-de causar nenhuma admiração que também outros Nossos Predecessores, com palavras de fervoroso encômio, se hajam aplicado a incrementá-la.
Assim Urbano IV afirmou que
"cada dia o povo cristão recebe novas graças por meio do Rosário";
Sixto IV proclamou que esta forma de oração
"é oportuna, não só para promover a honra de Deus e da Virgem,
mas também para afastar os perigos que o mundo nos prepara";
Leão X disse-a
"instituída contra os heresiarcas e contra o serpear das heresias";
e Júlio III chamou-lhe
"ornamento da Igreja de Roma".
Igualmente Pio V, falando desta oração, disse que,
"ao difundir-se ela, os fiéis, inflamados por aquelas meditações e afervorados por aquelas preces, começaram de repente a transformar-se com outros homens; as trevas das heresias começaram dissipar-se, e mais clara começou a manifestar-se a luz da fé católica".
Finalmente, Gregório XIII declarou que
"o Rosário foi instituído por S. Domingos para aplacar
a ira de Deus e para obter a intercessão da bem-aventurada Virgem".
O Rosário e os males dos tempos presentes
10. Movido por estas considerações e pelos exemplos dos Nossos Predecessores, julgamos assaz oportuno, nas presentes circunstâncias, ordenar solenes preces a fim de que a Virgem augusta, invocada por meio do santo Rosário, nos impetre de Jesus Cristo, seu Filho, auxílios iguais às necessidades.
11. Bem vedes, ó Veneráveis Irmãos, as incessantes e graves lutas que trabalham a Igreja. Vedes que a moralidade pública e a própria fé - o maior dos bens e o fundamento de todas as outras virtudes estão expostas a perigos sempre mais graves. Assim também vós não só conheceis a Nossa difícil situação e as Nossas múltiplas angústias, mas, pela caridade que a Nós tão estreitamente vos une, as sofreis juntamente conosco.
Porém o fato mais doloroso e mais triste de todos é que tantas almas, remidas pelo sangue de Cristo, como que arrebatadas pelo turbilhão desta época transviada, vão-se precipitando numa conduta sempre mais depravada, e se abismam na eterna ruína; por isto a necessidade do divino auxílio certamente não é menor hoje do que a que era sentida quando o grande Domingos, para curar as feridas da sociedade, introduziu a prática do Rosário Mariano. Iluminado do alto, ele viu claramente que para os males do seu tempo não havia remédio mais eficaz do que reconduzir os homens a Cristo, que é "caminho, verdade e vida", mediante a freqüente meditação da Redenção por Ele operada; e interpor junto a Deus a intercessão dessa Virgem a quem foi concedido "aniquilar todas as heresias".
Por este motivo ele dispôs a prática do Rosário de modo que fossem sucessivamente recordados os mistérios da nossa salvação, e a este dever da meditação se entremeasse como que uma mística coroa de saudações angélicas, intercaladas pela oração a Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nós, pois, que andamos procurando um igual remédio para não diversos males, não duvidamos de que a mesma oração, pelo santo Patriarca introduzida com tão notável vantagem para o mundo católico, tornar-se-á eficacíssima para aliviar também as calamidades dos nossos tempos.
12. Portanto, em consideração destas razões, não somente exortamos calorosamente todos os cristãos a praticarem, sem se cansar, o piedoso exercício do Rosário, publicamente, ou em particular, nas suas casas e famílias, mas também queremos que todo o mês de Outubro do ano em curso seja consagrado e dedicado à celeste Rainha do Rosário.
Prescrições e privilégios para o mês de outubro
13. Estabelecemos, pois, e ordenamos que, em todo o mundo católico, a solenidade de Nossa Senhora do Rosário seja este ano celebrada com particular devoção e com esplendor de culto. Ordenamos, além disso, que, do dia primeiro de Outubro ao dia dois do seguinte mês de Novembro, em todas as igrejas paroquiais, e, se os Ordinários o julgarem vantajoso e conveniente, também nas outras igrejas e nas capelas dedicadas à Mãe de Deus, se recitem devotamente ao menos cinco dezenas do Rosário, com o acréscimo das Ladainhas Lauretanas.1 Depois, desejamos que, quando o povo se reunir para tais orações, ou se ofereça o santo Sacrifício da Missa, ou se exponha solenemente o SS. Sacramento, e no fim se dê aos presentes a Bênção com a Hóstia sacrossanta.
14. Vivamente aprovamos que as Confrarias do Rosário, seguindo uma antiga tradição, façam solenes procissões pelas ruas da cidade, em pública demonstração da sua fé. Mas onde, pela adversidade dos tempos, isto não for possível, não duvidamos de que tudo quanto por este lado for subtraído ao culto público será compensado por uma concorrência mais numerosa nas igrejas; e que o fervor da piedade se manifestará por uma prática mais diligente das virtudes cristãs. Em favor, pois, daqueles que executarem tudo quanto mais acima dispusemos, abrimos de bom grado os celestes tesouros da Igreja, a fim de que achem neles o estímulo e ao mesmo tempo o prêmio da devoção.
Por isto, àqueles que, dentro do tempo estabelecido, participarem da pública recitação do Rosário com as Ladainhas, e orarem segundo a Nossa intenção, concedemos, para cada vez, a Indulgência de sete anos e de sete quarentenas: Queremos, igualmente, que de tal benefício possam fruir aqueles que, impedidos por legítima causa de praticar em público o piedoso exercício, o praticarem em particular, e orarem também segundo a Nossa intenção.
15. Depois, àqueles que, dentro do sobredito tempo, ao menos por dez vezes cumprirem a mesma prática, ou em público nas igrejas ou, por justos motivos, nas suas casas, concedemos a Indulgência plenária, desde que à piedosa prática juntem a Confissão e a Comunhão.
16. Esta Indulgência plenária das suas culpas concedemo-la também a todos os que, na mesma solenidade da bem-aventurada Virgem do Rosário ou num dos oito dias seguintes, igualmente se aproximarem do tribunal da Penitência e da Mesa do Senhor, e em alguma igreja rezarem, segundo a Nossa intenção, pelas necessidades da santa Igreja.
Esperanças do Sumo Pontífice
17. Eia, pois, Veneráveis Irmãos: pelo zelo que tendes da honra de Maria e da salvação da sociedade humana, esforçai-vos por alimentar a devoção e por aumentar a confiança do povo para com a grande Virgem. Nós pensamos seja de atribuir-se a divino favor o fato de, mesmo em momentos tão procelosos para a Igreja como estes, haver-se mantido sólida e florescente, na maior parte do povo cristão, a antiga veneração e piedade para com a Virgem augusta. Mas agora esperamos que, incitados por estas Nossas exortações e inflamados pelas vossas palavras, os fiéis se hão de colocar com sempre mais ardente entusiasmo sob a proteção e assistência de Maria, e continuarão a amar com crescente fervor a prática do Rosário, que nossos pais costumavam considerar não só como um poderoso auxílio nas calamidades, mas também como um distintivo honorifico da piedade cristã. A celeste Padroeira do gênero humano acolherá benigna as humildes e unânimes preces que lhe dirigirmos, e, complacente, obter-nos-á que os bons se revigorem na prática da virtude; que os desviados caiam em si e se emendem; e que Deus, justo vingador das culpas, dobrando a misericordiosa clemência, afaste os perigos, e restitua ao povo cristão e à sociedade a tão desejada tranqüilidade.
18. Confortados por esta esperança, com os mais ardentes votos do Nosso coração rogamos vivamente a Deus, pela intercessão d'Aquela em quem Ele depositou a plenitude de todos os bens, que vos conceda a vós, Veneráveis Irmãos, as mais escolhidas e mais abundantes graças celestes, das quais é auspício e penhor a Bênção Apostólica, que de coração concedemos a vós, ao vosso clero e aos povos confiados aos vossos cuidados.
Dado em Roma, junto de S. Pedro, a 1 de Setembro de 1883, sexto ano do Nosso Pontificado.
LEÃO PP. XIII
EN FRANÇAIS: Donné à Rome, à Saint-Pierre, le 1er septembre 1883, sixième année de Notre Pontificat.
“SUPREMI APOSTOLATUS OFFICIO”
LETTRE ENCYCLIQUE DE SA SAINTETÉ LE PAPE LÉON XIII SUR LE TRÈS SAINT ROSAIRE
A tous nos Vénérables Frères les Patriarches, Primats, Archevêques et Evêques du monde catholique, en grâce et communion avec le Siège Apostolique.
Vénérables Frères Salut et Bénédiction Apostolique
Le devoir du suprême apostolat qui Nous a été confié, et la condition particulièrement difficile des temps actuels, Nous avertissent chaque jour instamment, et pour ainsi dire Nous pressent impérieusement, de veiller avec d'autant plus de soin à la garde et à l'intégrité de l'Eglise que les calamités dont elle souffre sont plus grandes.
C'est pourquoi autant qu'il est en Notre pouvoir, en même temps que Nous Nous efforçons par tous les moyens de défendre les droits de l'Eglise comme de prévoir et de repousser les dangers qui la menacent et qui l'assaillent, Nous mettons aussi Notre plus grande diligence à implorer l'assistance des secours divins, avec l'aide seule desquels Nos labeurs et Nos soins peuvent aboutir.
A cette fin, Nous estimons que rien ne saurait être plus efficace et plus sûr que de Nous rendre favorable, par la pratique religieuse de son culte, la sublime Mère de Dieu, la Vierge Marie, dépositaire souveraine de toute paix et dispensatrice de toute grâce, qui a été placée par son divin Fils au faîte de la gloire et de la puissance, afin d'aider du secours de sa protection les hommes s'acheminant, au milieu des fatigues et des dangers, vers la Cité Eternelle.
…
Non seulement Nous engageons vivement tous les chrétiens à s'appliquer soit en public, soit dans leur demeure particulière et au sein de leur famille, à réciter ce pieux office du Rosaire et à ne pas cesser ce saint exercice, mais Nous désirons que spécialement LE MOIS D'OCTOBRE DE CETTE ANNÉE soit consacré entièrement à la Sainte Reine du Rosaire. Nous décrétons et Nous ordonnons que, dans tout le monde catholique, pendant cette année, on célèbre solennellement par des services spéciaux et splendides, les offices du Rosaire.
Qu'ainsi donc, à partir du premier jour du mois d'octobre prochain jusqu'au second jour du mois de novembre suivant, dans toutes les paroisses, et, si l'autorité le juge opportun et utile, dans toutes les autres églises ou chapelles dédiées à la Sainte Vierge, on récite cinq dizaines du Rosaire, en y ajoutant les Litanies Laurétanes.2 Nous désirons que le peuple accoure à ces exercices de piété et qu'en même temps l'on dise la messe et l'on expose le Saint Sacrement, et que l'on donne ensuite avec la Sainte Hostie la bénédiction à la pieuse assemblée. Nous approuvons beaucoup que les confréries du Saint Rosaire de la Vierge fassent, conformément aux usages antiques, des processions solennelles à travers les villes, afin de glorifier publiquement la Religion. Cependant si, à cause des malheurs des temps, dans certains lieux, cet exercice public de la religion n'était pas possible, qu'on le remplace par une visite assidue aux églises, et qu'on fasse éclater la ferveur de sa piété par un exercice plus diligent encore des vertus chrétiennes.
Donné à Rome, à Saint-Pierre, le 1er septembre 1883, sixième année de Notre Pontificat.3
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NOTA DA RODAPÉ
TERÇO
Ladainha de Nossa Senhora
LEITOR 1: Senhor, tende piedade de nós
TODOS: Senhor, tende piedade de nós
LEITOR 1: Cristo, tende piedade de nós
TODOS: Cristo, tende piedade de nós
LEITOR 1: Senhor, tende piedade de nós
TODOS: Senhor, tende piedade de nós
LEITOR 1: Jesus Cristo, ouvi-nos
TODOS: Jesus Cristo, ouvi-nos
LEITOR 1: Jesus Cristo, atendei-nos
TODOS: Jesus Cristo, atendei-nos
LEITOR 1: Deus Pai do céu
TODOS: Tende piedade de nós
LEITOR 1: Deus Filho Redentor do mundo
TODOS: Tende piedade de nós
LEITOR 1: Deus Espírito Santo
TODOS: Tende piedade de nós
LEITOR 1: Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
TODOS: Tende piedade de nós
LEITOR 1:
Santa Maria, R. Rogai por nós.
Santa Mãe de Deus, R. Rogai por nós.
Santa Virgem das virgens, R. Rogai por nós.
Mãe de Cristo, R. Rogai por nós.
Mãe da Igreja, R. Rogai por nós.
Mãe de misericórdia, R. Rogai por nós.
Mãe da divina graça, R. Rogai por nós.
Mãe da esperança, R. Rogai por nós.
Mãe puríssima, R. Rogai por nós.
Mãe castíssima, R. Rogai por nós.
Mãe sempre virgem, R. Rogai por nós.
Mãe imaculada, R. Rogai por nós.
Mãe digna de amor, R. Rogai por nós.
Mãe admirável, R. Rogai por nós.
Mãe do bom conselho, R. Rogai por nós.
Mãe do Criador, R. Rogai por nós.
Mãe do Salvador, R. Rogai por nós.
Virgem prudentíssima, R. Rogai por nós.
Virgem venerável, R. Rogai por nós.
Virgem louvável, R. Rogai por nós.
Virgem poderosa, R. Rogai por nós.
Virgem clemente, R. Rogai por nós.
Virgem fiel, R. Rogai por nós.
Espelho de perfeição, R. Rogai por nós.
Sede da Sabedoria, R. Rogai por nós.
Fonte de nossa alegria, R. Rogai por nós.
Vaso espiritual, R. Rogai por nós.
Tabernáculo da eterna glória, R. Rogai por nós.
Moradia consagrada a Deus, R. Rogai por nós.
Rosa mística, R. Rogai por nós.
Torre de Davi, R. Rogai por nós.
Torre de marfim, R. Rogai por nós.
Casa de ouro, R. Rogai por nós.
Arca da aliança, R. Rogai por nós.
Porta do céu, R. Rogai por nós.
Estrela da manhã, R. Rogai por nós.
Saúde dos enfermos, R. Rogai por nós.
Refúgio dos pecadores, R. Rogai por nós.
Socorro dos migrantes, R. Rogai por nós.
Consoladora dos aflitos, R. Rogai por nós.
Auxílio dos cristãos, R. Rogai por nós.
Rainha dos Anjos, R. Rogai por nós.
Rainha dos Patriarcas, R. Rogai por nós.
Rainha dos Profetas, R. Rogai por nós.
Rainha dos Apóstolos, R. Rogai por nós.
Rainha dos Mártires, R. Rogai por nós.
Rainha dos confessores da fé, R. Rogai por nós.
Rainha das Virgens, R. Rogai por nós.
Rainha de todos os Santos, R. Rogai por nós.
Rainha concebida sem pecado original, R. Rogai por nós.
Rainha assunta ao céu, R. Rogai por nós.
Rainha do santo Rosário, R. Rogai por nós.
Rainha da paz. R. Rogai por nós.
LEITOR 1: Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
TODOS: Perdoai-nos, Senhor.
LEITOR 1: Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
TODOS: Ouvi-nos, Senhor.
LEITOR 1: Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
TODOS: Tende piedade de nós, Senhor.
LEITOR 1: Rogai por nós, santa Mãe de Deus.
TODOS: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
LEITOR 1:
Oremos:
Concedei, Senhor, aos vossos servos a saúde da alma e do corpo; e, por intercessão da Virgem Santa Maria, livrai-nos das tristezas deste mundo e dai-nos as alegrias do céu. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Ámen.
https://www.vatican.va/special/rosary/documents/litanie-lauretane_fr.html
LITANIES DE LORETTE
Seigneur, prends pitié.
Ô Christ, prends pitié.
Seigneur, prends pitié..
Christ, écoute-nous.
Christ, écoute-nous.
Père du Ciel, toi qui es Dieu,
aie pitié de nous.
Fils, Rédempteur du monde, toi qui es Dieu,
Esprit Saint, toi qui es Dieu,
Trinité sainte, toi qui es un seul Dieu,
Sainte Marie,
prie pour nous.
Sainte Mère de Dieu,
Sainte Vierge des vierges,
Mère du Christ,
Mère de l'Église,
Mère de Miséricorde,
Mère de la grâce divine,
Mère de l'Espérance,
Mère très pure,
Mère très chaste,
Mère toujours vierge,
Mère sans taches,
Mère très aimable,
Mère admirable,
Mère du bon conseil,
Mère du Créateur,
Mère du Sauveur,
Mère très prudente,
Mère digne d'honneur,
Mère digne de louange,
Vierge puissante,
Vierge clémente,
Vierge fidèle,
Miroir de la sainteté divine,
Siège de la Sagesse,
Cause de notre joie,
Temple de l'Esprit Saint,
Tabernacle de la gloire éternelle,
Demeure toute consacrée à Dieu,
Rose mystique,
Tour de David,
Tour d'ivoire,
Maison d'or,
Arche d'alliance,
Porte du ciel,
Étoile du matin,
Salut des malades,
Refuge des pécheurs,
Réconfort des Migrants,
Consolatrice des affligés,
Secours des chrétiens,
Reine des Anges,
Reine des Patriarches,
Reine des Prophètes,
Reine des Apôtres,
Reine des Martyrs,
Reine des Confesseurs,
Reine des Vierges,
Reine de tous les Saints,
Reine conçue sans le péché originel,
Reine élevée au ciel,
Reine du Saint Rosaire,
Reine de la famille,
Reine de la paix.
Agneau de Dieu, qui enlèves le péché du monde,
pardonne-nous, Seigneur.
Agneau de Dieu, qui enlèves le péché du monde,
écoute-nous, Seigneur.
Agneau de Dieu, qui enlèves le péché du monde,
aie pitié de nous, Seigneur.
Prie pour nous, Sainte Mère de Dieu,
afin que nous devenions dignes des promesses du Christ.
Prions,
Accorde à tes fidèles,
Seigneur notre Dieu,
de bénéficier de la santé de l'âme et du corps,
par la glorieuse intercession
de la bienheureuse Marie toujours vierge,
délivre-nous des tristesse du temps présent
et conduis-nous au bonheur éternel,
Par Jésus, le Christ, notre Seigneur.
Amen.
22 OUTUBRO - https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia/10/22/s--joao-paulo-ii--papa.html
Karol Józef Wojtyła nasceu em Wadowice, Polônia, em 1920. Sua família e infância foram marcadas por diversos lutos. Em 1939, quando a Alemanha nazista invadiu a Polônia, o Terceiro Reich fechou a Universidade Jagelônica, em Cracóvia, que ele frequentava. Então o jovem Karol começou a trabalhar, primeiro, em uma pedreira e, depois, em uma fábrica de produtos químicos Solvay, para poder sobreviver e evitar a deportação para a Alemanha. Em 1942, sentindo a vocação para o sacerdócio, frequentou os cursos de formação, no Seminário maior clandestino de Cracóvia, dirigido pelo Arcebispo Adam Stefan Sapieha.